Escultura Furada
- nucleorecriar
- 19 de set. de 2020
- 2 min de leitura

O que você acha dessa escultura /cena?
Alguns de nossos profissionais de diversas abordagens deram a sua opinião, acompanhe:

“Linda essa imagem!
A ideia de que pedaços de cada uma forma um outro ser, o quanto cada um contribui para a completude de alguém, isso é belíssimo!
Pena que lidamos na clínica com crianças e jovens, onde pais não tem e não querem ter noção disso. Além de adultos que precisam admitir esses pedacinhos.”

“Penso que a criança é formada por parte dos pais, ou seja, com um pouco de cada, ela se constrói.”

“Que partes dos dois constituíram a totalidade do outro, ficando essas partes marcadas para sempre. Ou de pais que não conseguem mais ser o que eram (inteiros), desde a chegada do filho.”

“Imagem me permite uma mega viagem pela construção psíquica de cada um de nós, nos mais variados aspectos:
1- Como essa imagem nos aprisiona, funcionando como um cadeado emocional, quando o assunto é família, criar filhos, educar, enfim, pois na nossa pratica clínica, devido a imagens assim, cansado estamos de receber pais, com nível hard de ansiedade e sofrimento, por conta de um construto social, reforçado pela imagem acima, de que tudo é culpa dos pais, essa fala já um quanto, bem conhecida popularmente, tudo passa a ser culpa da mãe... causando uma prisão de sofrimento para esses pais;
2- essa imagem me causa a sensação de vazio, de me doa para formar o outro, projetar partes minhas no outro, o quanto isso pode ser privativo, limitador, para que esse sujeito possa ter suas próprias experiencias, a partir de que momento nos construímos, ou alguém nos construí, tenho escolhas ou introjeto fragmentos do outro, e quando esse outro me oferece esse fragmento que vai me construir, ele ficar vazio...
Por fim, pelo espaço aberto de percepção, não gosto muito dessa imagem, por acreditar que, temos sim muita coisa do outro, mas esse outro pode ser qualquer objeto não necessariamente pai e mãe como a foto nos induz, as vezes o que menos nos parecemos é com os nossos pais.”

“Tudo nesta vista pode, e deve, ser visto por vários ângulos. Há sempre quem olhe o copo quase cheio, quase vazio, ou simplesmente pela metade. No nosso aprendizado, vimos que esse olhar pode variar, conforme circunstâncias que estamos vivenciando. O copo quase vazio de ontem, pode estar quase cheio hoje.
Não há absolutismo em nada neste mundo (à exceção do 0 graus Kelvin), portanto, eu, neste momento, olho com alegria essa imagem, onde dois seres humanos (não há informação na imagem se são pais, avós, tios...) doam parte de si para a construção de outro ser humano...
Não vejo dor, não vejo limitação em qualquer sentido, não vejo transtornos psíquicos relevantes. Vejo a atenção que os maiores, possivelmente credores das partes doadas, estão ao observar a pessoa menor. Ademais, aparentam preocupar-se em guiá-la, quando seguram em suas mãos.”

Agora é sua vez, O que você acha dessa escultura /cena?
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